quinta-feira, 22 de maio de 2008

Quanto vale uma história?


Resenha do filme O preço de uma verdade.

Conta a história real do jornalista Stephen Glass que inventou histórias e publicou-as como verdadeiras.



Até onde uma pessoa pode chegar para atingir um sonho? Mentir, roubar, matar? O filme ‘‘O preço de uma verdade’’ conta a história de um jovem repórter, Stephen Glass que tem o dom de escrever muito bem, qualidade necessária a um bom jornalista. Mas o que ele escreve são histórias fictícias, não fatos. É tido como um repórter que consegue as matérias mais incríveis e interessantes da importante revista The New Republic para a qual trabalha. Atencioso, basta que ele fale para que todos fiquem de queixo caído e simplesmente aceitem o que diz. O trabalho de checagem de informações, essencial para a credibilidade de qualquer veículo de comunicação, não estava sendo feito no momento em que surge alguma dúvida sobre seu trabalho, o repórter apenas mostra suas anotações e espera que seu editor aceite-as como a mais pura verdade.

Porém, chega um momento em que suas historinhas são descobertas por um jornalista de uma revista concorrente. Ao checar informações sobre uma reportagem de um encontro de hackers, ele descobre que nada do que está escrito é verdade. Encurralado, o repórter tenta manipular seu editor, que está irredutível: uma punição será dada e a revista terá de se retratar.
Revelar a atitude desse repórter, cedo ou tarde causaria mais problemas do que um simples pedido de desculpas. Qualquer veículo de comunicação não pode aceitar informações como fatos sem antes checá-las. A responsabilidade dos meios de comunicação é grande. Pode mudar opiniões e atos, nuca deve basear-se apenas no que uma pessoa fala ou em suas anotações

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Dilemas do Jornalismo


Primeiro texto do curso de Criatividade e Inovação. Texto de ficção abordando os dilemas que o jornalista enfrenta no dia-a-dia.




Poucas pessoas têm tanta sorte quanto Leandro Constantino, um jovem repórter de um dos jornais mais influentes de São Paulo, e, consequentemente, do Brasil. As matérias praticamente caíam em suas mãos, ou melhor, eram jogadas para ele. Leandro tinha um dom: o de atrair matérias pouco interessantes para cadernos menos interessantes ainda. Entrevistas com jogadores de ping-pong amador, reportagens sobre salões de beleza para animais e sobre o ultimo lançamento do CD daquele cantor de 15 minutos que ninguém conhece mais.

Entretanto, como bom repórter, ele não desistia nunca e estava sempre em busca de uma boa matéria. Pedia ao editor-chefe uma oportunidade para fazer uma reportagem sobre este ou aquele tema polêmico ou uma chance para entrevistar aquele artista que causou estardalhaço ao comentar um certo assunto. Chegava a assinar em conjunto com jornalistas conceituados, porém faltava-lhe algo. Faltava um ‘‘furo’’. Uma primeira página que o colocasse definitivamente como um repórter conhecido e respeitável.

Usando seu faro jornalístico, Leandro apostou em alguns rumores que estavam circulando pelo submundo sobre a ligação entre policiais e compradores de arte roubada. Entrou em contato com esses policiais apresentando-se como um empresário que estava disposto a ajudar no caso do sumiço de obras roubadas. Os policiais entenderam que o ‘‘empresário’’ queria ter acesso ao material roubado. Assim, o convidaram pra uma espécie de leilão onde reuniam os possíveis compradores e um sem-número de peças roubadas de museus e acervos particulares.

Finalmente, Leandro tinha em mãos um material concreto de primeira página para publicar. Porém, ao refletir sobre quem estava presente naquele leilão, percebeu que tinha também uma bomba que poderia desprestigiar algumas figuras importantes, revelar a localização de muitos bandidos foragidos e acabar com sua própria vida e carrieira.

Manhã do dia seguinte: Leandro teve a sua primeira manchete publicada na capa do jornal para o qual trabalhava: O prestígio? Ficou sob o pseudônimo de Ricardo Ferraz.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Para começar, um haicai...

Neblina da manhã
Mil gotas de orvalho
Sob a luz do Sol
02-02-2008